Quem da minha idade não se lembra de ter visto o anúncio dos Nitratos do Chile? Este, bem preservado, está na Carrapichana, na EN 17, antes de Celorico da Beira. Vemos outros em Escalhão, perto de Figueira de Castelo Rodrigo. Outro vi em Ourém. Há ainda muitos! Eu ficava a olhar para o cavaleiro negro na Cova da Serpe, perto da Figueira da Foz. Também ainda lá está, mas com letreiros por de cima.
Os nitratos do Chile são essencialmente nitrato de sódio, um sólido branco, que era minerado na América do Sul e foi usado como adubo até aos anos 1960. Embora a partir de 1909, o processo de Haber e Bosch tenha tornado quase desnecessária a utilização desse material natural não renovável. Durante mais de um século os cientistas sonhavam com um processo que retirasse o nitrogénio do ar e o tornasse um adubo de que as plantas vão precisar. Poderemos citar, o padre Himalaia, cujo fito era obter adubos com o calor do sol. E os noruegueses que durante algum tempo tiveram um processo que dependia da energia eléctrica para transformar o nitrogénio do ar em nitratos.Os agricultores não gostaram é diziam que esse nitratos não eram naturais! Hoje em dia, queremos também tirar os nitatos das águas pois são muito solúvieis e plantas em excesso causam eutrofização. Resolvemos um problema, cráimos outro. Resolveremos esse, como estamos a fazer, com mais ciência e química.
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