O Sangue do dragão é uma resina natural com uma forte cor vermelha, obtida de várias árvores da família das Draconeáceas, as quais são usadas há séculos com fins artísticos e medicinais. Em publicações científicas recentes, J. Sérgio Seixas de Melo, do Departamento de Química da FCTUC, e colaboradores, têm desvendado os segredos da composição e propriedades do Sangue do Dragão, tendo identificado e caracterizado a molécula responsável pela cor vermelha a que denominaram dracoflavilium (ver por exemplo [1]).
Extractos de seiva de dragoeiro são usados em medicina tradicional chinesa. De facto, as antocinaninas e outros flavonóides parecem ter efeitos benéficos no organismo. É bem conhecida a correlação entre consumo moderado de vinho tinto, bastante rico nestes compostos, com a diminuição estatística do número de patologias cardíacas.
Segundo a wikipedia o Sangue do Dragão foi muitas vezes confundido com o cinábrio que é um pigmento vermelho de sulfureto de mercúrio (o que não seria uma confusão muito saudável).
Para além do Sangue do Dragão, também os próprios dragões continuam a estimular a imaginação dos cientistas e escritores [2,3].
[1] M.J. Melo, M. Sousa, A.J. Parola, J.S.S. Melo, F. Catarino, J. Marçalo, F. Pina, Identification of 7',4-Dihydroxy-5-methoxyflvylium in "Dragon's Blood": To be or Not to Be an Anthocyanin, Chemistry European Journal, 13 (2007) 1417-1422.
[2]R. Highfield A Ciência e a magia em Harry Potter (Magnólia, 2007).
[3]R. May The Ecology of Dragons, Nature, 264 (1976) 16-17.
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