
As marcas amarelas na estrada tinham até há pouco tempo como pigmento uma solução sólida de sulfato de chumbo e cromato de chumbo. Os pigmentos de chumbo e cromato são uma preocupação ambiental pois, embora sejam em condições normais muito pouco solúveis, são solúveis em meio ácido. Daí a necessidade de evitar o contacto de crianças com materiais pintados usando pigmentos com chumbo (perigo de ingestão). Assim, têm sido desenvolvidos pigmentos para subtituir os pigmentos amarelos de chumbo como seja o vanadato de bismuto que é muito menos tóxico.
Os sinais de trânsito podem ser recobertos com camadas retroreflectoras constituidas por camadas de micro-esferas de vidro dispersas numa resina ou polímero.
É de referir que os pigmentos orgânicos são em geral muito mais sensíveis à luz que os inorgânicos, mas têm aprecido cada vez mais excepções como as ftalocianinas e o DPP.
No Departamento de Química da FCTUC, em colaboração com empresas da especialidade, estão a ser estudados pigmentos inorgânicos fluorescentes e fosforencentes baseados sais em estrôncio, alguns dos quais já têm aplicação em sinalização.
[1] Os compostos orgânicos têm carbono na sua composição, mas nem todos os compostos de carbono são definidos como orgânicos. Por exemplo, o monóxido e o dióxido de carbono, os carbonatos, o diamante, a grafite e os fulerenos não são considerados compostos orgânicos. Compostos inorgânicos são todos os que não são orgânicos.
[2] Steven Litt, The story behind Pigment Red 254, nicknamed 'Ferrari Red' (acedido 28/7/2009)
[3] Agradeço à SNSV e à CIN as informações cedidas sobre os processos de produção de sinais de trânsito e sobre os pigmentos utilizados.
[Versão de 28 de Julho de 2009]
Sem comentários:
Enviar um comentário